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Tribunal Regional do Trabalho - 9ªRegião

Tribunal Regional do Trabalho 9ª Região

Página gerada em: 25/04/2024 22:17:13

Violência contra mulheres e transexuais escancara contradições brasileiras

Notícia publicada em 10/03/2023
Gisele Alessandra Szmidt, advogada.

Palestras da Ouvidora Nacional da Mulher, Tânia Regina Silva Reckziegel, conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e da advogada Gisele Alessandra Szmidt, que se celebrizou como primeira pessoa transsexual a realizar uma sustentação no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), encerraram a programação do encontro Mulheres em Pauta, organizado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR) para celebrar a Semana Internacional da Mulher.

Cada uma das palestrantes, a partir do ponto de vista da própria atuação, tratou de um tema delicado e persistente na sociedade brasileira: a violência contra a mulher. A ouvidora nacional falou de sua experiência à frente da Ouvidoria Nacional da Mulher, especialmente diante da missão de levar a escuta para lugares remotos do Brasil, como reservas indígenas ou áreas quilombolas. A conselheira do CNJ expôs a contradição brasileira: um país tido como dos mais receptivos do mundo, porém o 5º onde mais se pratica o crime de feminicídio.

Por sua vez, a advogada Gisele Alessandra Szmidt contou um pouco da realidade de uma mulher transexual no Brasil, que é o país que mais mata pessoas transexuais no mundo, sendo também o país que mais consome pornografia relacionada a esse perfil.

Conselheira Tânia Regina Silva Reckziegel,
ouvidora nacional da mulher no CNJ.

Para a advogada, a violência direta é apenas a face visível do preconceito, e, por isso mesmo, mais fácil de ser combatida. Falando de si e de pessoas que conhece, Gisele contou que a caminhada de vida de uma pessoa trans é marcada pela adversidade de simplesmente existir, seja em sua trajetória profissional, seja na dificuldade de ter relacionamentos afetivos saudáveis.  “A violência contra pessoas trans não é só de pauladas e tiros. É uma tentativa de eliminar tudo o que representa. Somos fetichizadas o tempo todo”, observa.

As palestrantes com a desembargadora Neide Alves dos Santos,
ouvidora geral e agora também ouvidora da mulher no TRT-PR.

Para saber mais sobre a advogada Gisele Alessandra Szmidt, leia aqui entrevista que ela deu à Assessoria de Comunicação do TRT-PR e veja abaixo a entrevista concedida após o Mulheres em Pauta.



Pedro Macambira/Ascom