Justiça do Trabalho pacifica conflito e coloca fim à greve de trabalhadores na Repar
Fotografia da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária.
Terminou em acordo a audiência do dissídio coletivo de greve envolvendo empregados de sete empresas que prestam serviços à Petrobras na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. A mediação da Justiça do Trabalho entre trabalhadores e os gestores das corporações garantiu o fim da paralisação que afetava o refinamento de petróleo e a produção de combustíveis na unidade da Petrobras responsável pelo abastecimento do estado do Paraná e de parte de Santa Catarina. A estimativa é que cerca de 2 mil trabalhadores e trabalhadoras estavam paralisados(as) desde o início da semana.
A sessão de dissídio coletivo que conduziu o acordo foi realizada na manhã desta quinta-feira (3), sob a condução da desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão. Após cerca de três horas de negociação, a magistrada e o procurador do trabalho Luiz Renato Camargo Bigarelli apresentaram a seguinte proposta, aceita pelas partes: 7,41% de reajuste de forma linear em todas as cláusulas econômicas (a proposta da empresa era de 6,20%, índice rejeitado pelos empregados(as)) e compensação de um dia não trabalhado com uma hora a mais na jornada, a partir da próxima segunda-feira (7).
Ainda, os trabalhadores deverão retornar de imediato após a assembleia de comunicação, que será realizada nesta quinta, às 16h. Também deverão ser mantidas todas as cláusulas da convenção coletiva pré-existente. Por fim, as partes se comprometeram a informar o Tribunal a juntada da convenção coletiva no Sistema Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego. Ao encerrar a sessão, a desembargadora Rosemarie cumprimentou as partes pelo empenho nas negociações e destacou o papel da Justiça do Trabalho na pacificação dos interesses de ambas as partes.
Os trabalhadores foram representados pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Montagens, Manutenção e Prestação de Serviço nas Áreas Industriais do Paraná (Sindimont). As empresas envolvidas no dissídio coletivo são: Engevale Engenharia S.A; EQS Engenharia S.A; Estel Serviços Industriais LTDA; Engeman Manutenção de Equipamentos LTDA; Nitvane Manutenção e Serviços Navais LTDA; e PSV Serviços e Soluções Automatizadas LTDA.
No início da semana, o TRT-PR expediu duas liminares para determinar que, no mínimo, 60% dos empregados das sete empresas que atuam na produção e distribuição de combustíveis deveriam estar em atividade durante a greve (clique para acesar mais detalhes). A determinação foi dada na manhã de terça-feira, dia 1º de julho, pelo desembargador Arnor Lima Neto devido à negociação salarial tratar de trabalhadores de serviços essenciais. As decisões judiciais determinaram ainda multa de R$ 10 mil ao Sindimont em caso de descumprimento. A partir de então, as negociações iniciaram e o acordo começou a ser construído em audiências de dissídio coletivo (clique para acessar mais informações).
Veja a sessão de dissídio coletivo que acertou o acordo abaixo:
Texto: Gilberto Bonk Junior/ Ascom TRT-PR
Fotografia: Repar / Michel Chedid / Petrobras / Divulgação