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Tribunal Regional do Trabalho - 9ªRegião

Tribunal Regional do Trabalho 9ª Região

Página gerada em: 27/07/2024 01:56:56

Um retrato carinhoso e divertido: os causos do TRT-PR são reunidos em livro digital

Notícia publicada em 08/02/2024
Reprodução da capa digital do livro com fundo azul, uma margem de contorno branca e escrito em letras brancas: Petições iniciais, Trânsito em Julgado - no meio dessas palavras em letras menores, escrito: e tudo o que há no meio.

Está disponível o livro digital “Petições iniciais, trânsitos em julgado e tudo o que há no meio”, uma série de crônicas, relatos e “causos” escritos por magistrados e servidores, ativos e aposentados, do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR). Por meio de suas breves histórias, eles apresentam um retrato carinhoso e, quase sempre, divertido, de suas vivências na Justiça do Trabalho paranaense. A publicação tem, por exemplo, a participação do neto da desembargadora aposentada Adriana Nucci Paes Cruz, que relata a sua lembrança, quando criança, da posse de sua avó no cargo de presidente do TRT-PR, em 1999.

O livro integra as comemorações dos 47 anos do Tribunal, completados em setembro de 2023. “Dizem que quem vive do passado é viúva e museu, mas se diz também que reverenciar o passado é garantir o futuro. Assim como as pessoas e as demais instituições, também a Justiça do Trabalho tem a sua história, que merece ser contada e preservada para a posteridade”, declara o desembargador aposentado do TRT-PR Zeno Simm, que ingressou na Justiça do Trabalho paranaense como servidor, em 1969, e, como magistrado, em 1980. Diversas histórias são contadas pelo desembargador aposentado, especialmente relacionadas ao funcionamento da instituição no século XX.

Um julgamento histórico proferido pelo Tribunal Pleno no final da década de 90, envolvendo ação rescisória, é contada com orgulho pelo desembargador aposentado Manoel Antonio Teixeira Filho, que participou da decisão.

O decano do TRT-PR, desembargador Luiz Eduardo Gunther, faz uma homenagem aos saudosos juristas Arnaldo Süssekind (ministro do TST) e Amauri Mascaro Nascimento (juiz que atuou na 1ª Junta de Conciliação e Julgamento de Londrina, quando o Paraná ainda pertencia à jurisdição de São Paulo). Várias histórias curiosas envolvendo os homenageados são destacadas, assim como episódios engraçados vivenciados pelo próprio decano, tanto quando atuava na advocacia como em sua trajetória como magistrado.   

A informatização dos processos no TRT-PR é abordada em diversos textos. São apresentados sob a perspectiva de inovação e impacto, como no relato do desembargador Sérgio Murilo Rodrigues Lemos, que lembra a instalação do Fidelis, sistema criado no TRT-PR para a gravação em vídeo das audiências de instrução. E ainda sob a perspectiva cômica, apresentada pela servidora Izabel da Rosa, que atuou nos primórdios da informatização dos processos, nos anos 90. Ela conta que a chegada dos computadores causou resistência e medo por parte de magistrados e servidores mais antigos. “Cheguei a escutar: ‘Não temos grampeadores suficientes e você vem me falar de computadores! ’”, lembra a servidora.  

Os imprevistos do cotidiano de dois oficiais de justiça nos rincões do estado são temas de divertidos relatos. “Quando prestei concurso para oficial de justiça, sabia de algumas dificuldades do cargo. Vivenciei, de fato, várias delas, e ainda assim sempre surgem novas aventuras. Rotina e trabalho de oficial definitivamente não são sinônimos”, escreve André Baccarin Batistela, que teve que montar a cavalo para atravessar um longo terreno a fim de cumprir um mandado de penhora de gado.

E o oficial de justiça aposentado Artur Palú Filho descreve no texto “É agora que viro xerife” a sua primeira incursão, no início dos anos 80, ao extremo sul da jurisdição de Apucarana, onde atuava. “Saí de Apucarana, parecendo um político em campanha! Em cada cidade que passava, entregava um monte de papéis, deixando a metade da população uma fera comigo e lá me fui indo... Califórnia... Marilândia... Mauá... aproximava-me de Faxinal. Lembrei-me de que já ouvira falar que a cidade tinha a fama (se bem que de anos antes) de ser um lugar onde se fazia a “faxina”, ou seja, a limpeza no lugar, de quem quer que nos enchesse os picuás... Era o famoso “Escreveu, não leu... o pau comeu!” E quanta gente morreu por causa disso” (...) “Uma coisa, eu posso afirmar: Nos meus quinze anos de oficial de justiça, essa foi a única vez... mas a única mesmo... em que me afastei de um reclamado andando de costas”.

O livro “Petições iniciais, trânsitos em julgado e tudo o que há no meio” conta com outras histórias inusitadas e engraçadas, com títulos como “Tropeços Telefônicos: o episódio Caetano”, “Em busca de um processo perdido”, “A bomba em frente à vara” e “Muito trabalho, algumas risadas”.

Para acessar a publicação, clique AQUI.

Texto: Gilberto Bonk Jr