Terminada a greve, empregados da ANSA (Petrobrás) têm audiência de dissídio nesta sexta-feira (6)
A greve nacional dos petroleiros acabou no dia 21 de fevereiro. Entretanto está mantida para esta sexta-feira (6/3), às 14, a audiência do dissídio coletivo que discute a demissão de cerca de 400 trabalhadores da Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA - subsidiária da Petrobrás). O motivo é que o acordo nacional não contemplou questões locais e específicas, como a dos trabalhadores da indústria paranaense. A sessão que buscará um acordo para a questão acontecerá na sede do TRT-PR (Al. Carlos de Carvalho, 528, Curitiba).
Na audiência anterior, realizada no dia 18 de fevereiro, a direção da ANSA fez proposta que continha os seguintes pontos: a) aviso prévio indenizado; e b) pagamento de 40% da indenização, que corresponde ao número de anos trabalhados multiplicado pela remuneração de dezembro de 2019.
Na ocasião, o Sindicato do Petroquímicos (representante dos trabalhadores) considerou que a proposta não atende aos anseios da categoria, mas que iria analisar a questão junto a seus representados. Por sua vez, a desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista determinou a suspensão das demissões até esta sexta-feira (6), inclusive as já realizadas.
A audiência dos petroquímicos da ANSA será transmitida pelo canal do TRT-PR no YouTube e terá cobertura ao vivo pelo Twitter.
Greve dos Petroleiros
Iniciada em 1º de fevereiro, a paralisação nacional dos petroleiros durou 20 dias, encerrando-se no dia 21 do mesmo mês. Esta foi a greve do setor mais longa desde 1995. Em todo o país, participaram do movimento cerca de 21 mil funcionários de 121 unidades da Petrobrás em 13 estados.
A situação dos cerca de 400 trabalhadores da ANSA foi uma das reivindicações do movimento. Segundo os empregados da Petrobrás, não houve diálogo com a categoria sobre o fechamento da empresa, que foi feito à revelia dos sindicatos de trabalhadores.
A Petrobras, por seu turno, já anunciou que as atividades na fábrica cessaram, motivadas por "recorrentes prejuízos" desde que foi adquirida, em 2013. Segundo o responsável por conduzir as negociações no plano nacional, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra Martins Filho, a empresa deve ser fechada, com muito pouca possibilidade de reversão.
Texto: Pedro Macambira
Assessoria de Comunicação do TRT-PR
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