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Tribunal Regional do Trabalho - 9ªRegião

Tribunal Regional do Trabalho 9ª Região

Página gerada em: 21/12/2025 19:10:48

Scanners planetários agilizam a digitalização de documentos históricos e processos arquivados

Notícia publicada em 27/11/2025
O servidor público Aurélio Cezar Prandel escaneia um dos livros oficiais
que estão no Arquivo de Curitiba

digitalização completa do Arquivo Geral do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR) se tornou mais ágil desde que o setor recebeu oito novos scanners do tipo planetário, capazes de digitalizar uma página em menos de um segundo. Com o novo equipamento solucionam-se diversos desafios para a preservação de processos, livros oficiais e outros tipos de documentos e publicações.

Desde que o Poder Judiciário passou a utilizar processos digitais (sem o uso de papel), no início da década de 2010, a digitalização de documentos e processos antigos se tornou um desafio para os tribunais brasileiros. O volume de páginas a digitalizar, a fragilidade do papel antigo e mesmo equipamentos rápidos, mas que não são capazes de digitalizar livros sem ter que danificá-los. Estas foram algumas das dificuldades para manter preservada a memória e que agora foram superadas com os novos equipamentos Canon IRIScan Desk 6 Pro.

Os novos scanners do tipo planetário que ficarão nos Arquivos de Curitiba, Londrina, Maringá e também para a DMEP (Divisão de Gestão de Memória, Estudos e Pesquisa). Além da alta velocidade de digitalização e da possibilidade de temporização (o que é adequado à digitalização de livros), os scanners também são capazes de filmar e de escanear objetos em 3ª dimensão.

O servidor público Aurélio Cezar Prandel, um dos responsáveis pela parte de digitalização do Arquivo, afirma que o ganho de tempo é a principal vantagem. Processos que levavam semanas para serem digitalizados em um scanner de mesa agora são transformados em arquivos .PDF em questão de horas. “O que nos dava trabalho não era apenas a digitalização em si, mas depois ter que conferir e editar os arquivos. No caso de livros, agora não tem mais o perigo de danificar a encadernação”, contou.

Aurélio afirma que o equipamento ocupa muito pouco espaço na mesa e que funciona a partir de uma base móvel com uma câmera de alta resolução. “O equipamento impressiona pela simplicidade e praticidade, mas o forte é o software, que faz os ajustes precisos com o uso de inteligência artificial”, afirmou.

O coordenador do Comitê de Documentação e Memória, desembargador Edimilson Antonio de Lima, lembra que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem normas e metas para digitalização de documentos, às quais os tribunais do Brasil devem cumprir. “Esses modernos equipamentos permitirão a digitalização rápida de documentos de autos físicos, em velocidade e quantidade muito maiores que aquelas promovidas pelos antigos equipamentos, e assim o TRT-PR conseguirá cumprir as suas metas de digitalização de documentos, como dispõe as normas do CNJ. Trata-se de grande conquista da administração do TRT-PR, sem dúvida”, declarou.

A Secretaria-Geral Judiciária (SGJ), que tem como gestora a servidora Yonara Yoko Pozzolo, agradeceu institucionalmente à atual administração do TRT-PR pelo empenho em concretizar a solução para o Arquivo. “Tal manifestação visa não apenas registrar a deferência devida à atual gestão do desembargador-presidente Célio Horst Waldraff, mas igualmente proclamar — em tom de gratidão institucional — o valioso apoio por ele prestado e a contribuição substancial ofertada para a consecução de relevante aprimoramento na política de gestão documental deste Tribunal, cujo significado transcende o campo da administração para afirmar-se, também, como testemunho da memória viva e da perenidade institucional da Justiça do Trabalho paranaense”, agradeceu.

O gestor da Coordenadoria de Arquivo e Gestão Documental, Jorge Pires Neves, entende que o Arquivo Geral diz respeito não apenas ao passado do TRT-PR, com suas lutas sociais sendo resolvidas por meio da aplicação da lei. Para ele, a relevância da instituição no presente passa também pelo cuidado que o Tribunal tem com a própria história. “Aqui no Arquivo eu vejo a história não só do TRT. Aqui é a história da sociedade, das lutas sindicais e das diversas conquistas que temos hoje”, comentou.

 

Texto: Pedro Macambira Filho / Ascom TRT-PR