TRT-PR definiu Plano de Descarbonização para reduzir a emissão de 438 t de CO2
O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR) elaborou e definiu ações no Plano de Descarbonização com previsão de execução em 2025 e 2026, medida que amplia as práticas ambientais na instituição. O objetivo é a redução das emissões anuais de CO2 calculadas em 2024 em 438,49 toneladas métricas. Para isso, o Plano prevê a substituição do uso de gasolina por etanol, a revisão dos contratos de manutenção dos aparelhos de ar condicionados e dos contratos de manutenção de extintores de incêndio (para monitoramento das emissões fugitivas de aparelhos de ar condicionado e extintores) e a compensação das emissões das viagens aéreas.
Vale destacar que o tema ¿descarbonização¿ foi também incluído no Plano de Logística Sustentável (PLS), documento que passou pela terceira revisão técnica para vigorar em 2025 e em 2026 e foi publicado recentemente. O PLS aprofunda o compromisso e as ações do Tribunal a favor de um mundo mais sustentável. Para acessar o Plano de Logística Sustentável atualizado clique aqui.
Clique aqui para acessar o Plano de Descarbonização do TRT-PR
Em 2023, antecipando-se à Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nº 594/2024 (clique e acesse), que instituiu o Programa Justiça Carbono Zero no Poder Judiciário, o TRT-PR iniciou as discussões sobre a descarbonização no Regional. Para produzir o Plano, foi necessária a elaboração do inventário de emissão de gases de efeito estufa pelo Tribunal. Para isso, foi constituído, em 2024, um grupo de trabalho liderado pela juíza Sandra Cristina Zanoni Cembraneli Correia, vice-coordenadora do Comitê de Patrimônio, Logística e Sustentabilidade. O grupo buscou informações de tribunais que estavam um pouco mais avançados no projeto de descarbonização, como o TRT da Paraíba, que deu um curso gratuito sobre o tema.
Após a obtenção do conhecimento necessário, a juíza e os servidores envolvidos colheram os dados necessários para preenchimento do inventário de emissões de gases de efeito estufa. Para isso, buscaram informações de unidades de todo o Tribunal. Os dados foram inseridos em uma planilha disponibilizada pelo Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG) do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV) -, ferramenta recomendada pela Resolução CNJ nº 594/2024. A partir da elaboração dos escopos 1, 2 e 3 do inventário, foi possível auferir a quantidade de gases de efeito estufa que o TRT-PR emitiu em 2024.
O resultado do trabalho está respaldado por uma auditoria externa especializada, que concluiu que o TRT-PR tem aptidão ao Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol. "Nosso inventário tem credibilidade ouro. Os dados que nós temos são rastreáveis", afirmou a juíza Sandra Cristina. A magistrada ressaltou que, agora, o objetivo é melhorar a performance do Tribunal, ampliando ainda mais a rastreabilidade das emissões. E existem outras questões a serem trabalhadas, frisou a magistrada: aumentar a apuração das emissões indiretas como o deslocamento casa-trabalho de juízes, servidores e prestadores de serviços. "Temos que reduzir e compensar a nossa emissão de gás carbônico. Diminuir a pegada de carbono, é o próximo passo".
Texto: Gilberto Bonk Junior / Ascom TRT-PR