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Tribunal Regional do Trabalho - 9ªRegião

Tribunal Regional do Trabalho 9ª Região

Página gerada em: 13/05/2024 04:59:25

Escola Judicial do TRT-PR inicia ano letivo com pontes entre o Trabalho e outros ramos do Direito

Notícia publicada em 06/03/2024
Fotografia da entrega de um certificado de participação ao professor Luiz Guilherme Marinoni pelo presidente do TRT-PR, desembargador Célio Waldraff, e pela diretora da Escola Judicial, desembargadora Ana Carolina Zaina. Da esquerda para direita: desembargador Célio é um homem branco, usa óculos e tem cabelos castanhos ralos na parte superior da cabeça. Ele veste terno azul escuro com camisa branca e gravata vermelha. O professor Luiz Guilherme Marinoni é um homem branco, de cabelos grisalhos. Ele veste terno e gravata azuis com camisa branca. A desembargadora Ana Carolina Zaina é uma mulher branca de cabelos castanhos até a altura do ombro. Ela veste vestido de estampa com pele de um felino.
O presidente do TRT-PR, desembargador Célio Waldraff, entrega, junto com 
diretora da Escola Judicial, desembargadora Ana Carolina Zaina, um
certificado de participação ao professor Luiz Guilherme Marinoni.

O seminário de abertura do ano letivo da Escola Judicial (EJ) do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR) foi realizado nos dias 29 de fevereiro e 1º de março, em Curitiba-PR. O encontro promoveu o diálogo entre o Direito do Trabalho e outros ramos do Direito, como o Constitucional, o Comercial e o Empresarial. A atual diretora da Escola Judicial, desembargadora Ana Carolina Zaina, falou sobre as principais linhas de atuação da gestão que se iniciou. Ela considera que a Escola Judicial é estratégica para a formação de magistrados e servidores, no que concerne ao desenvolvimento de capacidades pessoais e competências funcionais em prol da realização da missão jurisdicional do próprio TRT-PR. “Nós trabalharemos com eixos obrigatórios, que são aquelas determinadas pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), e também atendendo às demandas que surgem no decorrer do ano, como eventuais mudanças legislativas”, indicou.

Diretora da Escola Judicial, desembargadora Ana Carolina Zaina.

O professor Luiz Guilherme Marinoni profere palestra em frente a um púlpito com microfone. O professor é um homem branco, de cabelos grisalhos. Ele veste terno e gravata azuis com camisa branca.

A conferência de abertura foi realizada no Plenário Pedro Ribeiro Tavares (sede do TRT-PR) e teve como conferencista o advogado e professor Luiz Guilherme Marinoni, presidente da Associação Brasileira de Direito Processual Constitucional. Como ideia central de sua fala, o professor afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) extrapola suas atribuições ao revisar a interpretação de leis de outros tribunais superiores, como o Tribunal Superior do Trabalho (TST), quando deveria realizar o controle constitucional de precedentes.

Na conferência intitulada ‘A zona de penumbra entre TST e STF: a relação entre o Direito do Trabalho e a Constituição’, o professor Marinoni, declarou que nenhuma corte deveria corrigir a outra e sim promover um diálogo de precedentes. O STF, especificamente, tem o papel de controlar a constitucionalidade de precedentes do Tribunal Superior do Trabalho (TST), no Direito trabalhista. Mas ao atuar como ‘corte revisora’ de outros tribunais superiores, o STF excede-se. “O STF não pode substituir o TST na interpretação da lei e escolher a melhor interpretação. Deve somente controlar a constitucionalidade da interpretação da lei em precedente do TST”, resumiu.

Professor e advogado Luiz Guilherme Marinoni.

O professor acredita que ao atuar no papel de revisor, a Corte Constitucional brasileira não dá tempo para que as outras cortes superiores do país construam a melhor interpretação das leis que julgam. Essa forma de atuação do STF gera constrangimentos também, além do TST, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para o professor Marinoni, o caminho para solucionar a ‘zona cinzenta’ criada com os outros tribunais superiores é a conscientização do problema pelos ministros do STF para que mudem a postura de atuação e entendam a necessidade de limites para a revisão de decisões.

Juíza da Escola Judicial, Vanessa Karan de Chueiri Sanches.

Integração do Direito

O segundo dia de evento foi realizado no auditório da Escola Judicial e foi composto por diversos painéis nos quais foram trabalhados temas relacionados com a execução trabalhista, como a responsabilidade dos sócios por dívidas da sociedade e a relação entre o Direito Empresarial e o Direito do Trabalho.

Professor e advogado Oksandro Osdival Gonçalves fala sobre a “Responsabilidade dos sócios por dívidas da sociedade

Professor José Affonso Dallegrave Neto fala sobre os pontos de aproximação entre Direito do Trabalho e Direito Societário.

Advogada Samantha Mendes Longo fala sobre o tratamento dos créditos trabalhistas na recuperação empresarial da OI S.A.

Professor Manoel de Queiroz Pereira Calças fala sobre a Justiça Especializada em matéria falimentar e as fronteiras com a Justiça do Trabalho.

 

Professor Carlos Klein Zanini fala sobre a proteção da concorrência nas várias espécies de concentração empresarial.

 

Livro sobre Sociedade Anônimas

O seminário de abertura do ano letivo da EJ foi encerrado com o lançamento do livro “Sociedades - Lei das Sociedades Anônimas Comentadas 2”, que teve a coordenação do professor e advogado Alfredo de Assis Gonçalves Neto.

Texto: Pedro Macambira Filho e HC / Ascom TRT-PR

Fotos: Jason Silva e Pedro Macambira Filho / Ascom TRT-PR