Palestras, depoimentos e apresentação de cases encerram o Seminário de Segurança e Saúde no Trabalho
Na terceira e última parte do Seminário Internacional de Segurança e Saúde no Trabalho, realizado nos dias 9 e 10 de maio, os participantes puderam assistir a três painéis de debates, que abordaram temas como teletrabalho, tecnologia e sustentabilidade. O evento, que já está na terceira edição, aconteceu em Curitiba e foi organizado pelo TRT do Paraná, em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi), a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep)Instituto Superior de Administração e Economia - ISAE/FGV e Instituto Mundo do Trabalho (IMT).
Teletrabalho
Com o objetivo de trazer novas perspectivas sobre o trabalho sustentável, o primeiro painel discutiu o teletrabalho. Sob a mediação do advogado Alessandro Zenni, três convidados apresentaram suas ideias.
Célio Pereira Oliveira Neto, presidente do Instituto Mundo do Trabalho, foi o primeiro a falar, oferecendo dados históricos sobre a evolução das relações de trabalho para demonstrar a conveniência do teletrabalho no contexto atual. O palestrante também relacionou a implantação do sistema ao cumprimento de uma série de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Organização das Nações Unidas, como "assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades" (ODS 3) e "aumentar o uso de tecnologias de base, em particular as tecnologias de informação e comunicação, para promover o empoderamento das mulheres" (ODS 5.b).
Em seguida, o presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividade, Cleo Carneiro, apresentou ao público um vídeo com o depoimento do próprio neto, um servidor público do Poder Judiciário que atua pelo regime há aproximadamente um ano. A partir da experiência positiva relatada, o palestrante expôs dados sobre o tempo médio economizado com deslocamento diário e sobre o aumento da produtividade de trabalhadores em teletrabalho.
A demonstração de um case de sucesso sobre a implementação do sistema de teletrabalho em uma indústria de pneus completou o primeiro painel de debates. Na oportunidade, o diretor de Recursos Humanos da Pirelli para a América, Giusepe Giorgi, falou sobre os desafios enfrentados durante a migração para o novo formato de cumprimento de jornada e sobre os impactos positivos que a mudança tem trazido, tanto para os colaboradores, quanto para a empresa.
O novo mercado de trabalho
As mutações do trabalho humano foram o ponto central do segundo painel de discussões, mediado pelo juiz Marcus Aurelio Lopes, gestor regional do Programa Trabalho Seguro. Nesta etapa, participaram, proferindo palestras, o pesquisador Duarte Abrunhosa e Sousa, do Centro de Investigação Jurídico-Económica da Universidade do Porto (por videoconferência), e a psicóloga Lis Soboll.
Durante sua explanação, Duarte Abrunhosa e Sousa afirmou que o medo de que novas tecnologias possam provocar o desaparecimento massivo de postos de trabalho é infundado e ressaltou que a robótica e a inteligência artificial devem ser encaradas como oportunidades para aumentar o tempo de lazer e acabar com atividades profissionais nocivas.
Lis Soboll falou em seguida, chamando a atenção dos participantes para as mudanças pelas quais vem passando o mundo do trabalho e para os impactos que a nova realidade pode ter na saúde mental dos profissionais.
Sustentabilidade
Encerrando o evento, o painel "Em busca do Trabalho Sustentável" contou com palestras do procurador Gláucio Araújo de Oliveira (MPT-PR) e da juíza Thereza Nahas (TRT2). Ao introduzir as participações dos painelistas, o advogado André Gonçalves Zipperer, mediador, falou sobre o trabalho em tempos de plataformas digitais.
Gláucio Araújo de Oliveira expôs, na oportunidade, sua preocupação com a atuação do Ministério Público do Trabalho em situações que envolvem grandes acidentes de trabalho. Para o procurador, é necessário intensificar o trabalho preventivo da instituição nestes casos.
Na conclusão do evento, a palestra da juíza Thereza Nahas abordou os três desafios para o mundo do trabalho, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT): investir na capacidade das pessoas, investir no trabalho decente e na sustentabilidade e investir nas instituições do trabalho.
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