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Tribunal Regional do Trabalho 9ª Região

Página gerada em: 26/04/2024 14:01:51

Inaugurada UTI Neonatal do Hospital Evangélico de Curitiba

Notícia publicada em 30/01/2018
Presidente do TRT-PR, desembargadora Marlene T.
Fuverki Suguimatsu, visita as novas instalações da UTI
Neonatal

Um gesto de desprendimento, por abrir mão de bem material em prol da sociedade. Que isso seja um exemplo para que o Poder Público atente para as reais necessidades da saúde. Com essas palavras, a presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, desembargadora Marlene T. Fuverki Suguimatsu, celebrou a conduta da Sra. Elizabeth Tae Kinashi, que doou R$ 550 mil - valor decorrente do espólio de sua irmã, falecida em 2014 - para a reforma da UTI Neonatal do Hospital Evangélico de Curitiba.

A entidade, o maior hospital privado do país, atende anualmente cerca de 1,5 milhão de pessoas, sendo 90% pelo SUS (dos 548 leitos, 452 são direcionados exclusivamente ao SUS). O hospital é referência no atendimento a partos de alto risco e também a vítimas de queimaduras.

A inauguração da UTI Neonatal ocorreu nesta terça-feira (30/1) e comoveu a equipe de médicos, enfermeiros e voluntários, que convivem diariamente com as condições precárias do local e com as incertezas quanto ao futuro da instituição. O Hospital Evangélico passa por grave situação financeira e funciona há três anos sob intervenção judicial - determinada pelo juiz Eduardo Milléo Baracat, da 9ª Vara do Trabalho de Curitiba - em razão de irregularidades e atrasos no pagamento de salários, concessão de férias e depósitos de FGTS. Desde então, a entidade vem sendo administrada por interventores nomeados pela justiça, que empregam todos os meios para manter os serviços de saúde em funcionamento e as obrigações trabalhistas em dia. A intervenção judicial decretada ocorreu a pedido do Ministério Público do Trabalho em autos de Ação Civil Pública.

Sra. Elizabeth Tae Kinashi foi homenageada durante
a solenidade

Na cerimônia, o Ministério Público do Trabalho foi representado pela procuradora Patrícia Blanc Gaidex. Ainda compareceram representantes das Secretárias de Saúde do Município e do Estado. 

Gesto solidário e responsabilidade

Juíza aposentada do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, a Sra. Elizabeth doou o valor do espólio em cumprimento ao desejo da própria irmã falecida. "O Hospital Evangélico está na UTI. Mas temos esperanças na nova vida que está surgindo. Peço que a população una forças para proporcionar uma nova vida a este hospital", disse Elizabeth.

A reforma propiciou ambiente renovado - troca de rede elétrica, de piso, instalação de ar-condicionado - e com capacidade para 40 leitos, o dobro do que a unidade oferecia anteriormente. A estrutura é mais espaçosa, permitindo que os pais das crianças internadas permaneçam no local com mais conforto. A médica Juliana Baratela André, Coordenadora da UTI, explicou que o sistema de atendimento aos recém nascidos de alto risco vincula-se à Rede Cegonha, estimulando a proximidade da família, para formação de vínculos. Somente o "legado dessa grande doação permitirá o dimensionamento correto que garante a integração e tratamento completos".

Ao centro, Dra, Elizabeth e Dra. Juliana com equipe da UTI

A UTI conta com 18 médicos neonatologistas, 12 enfermeiros e 44 técnicos em enfermagem, e oferece atendimento qualificado pelo SUS.

O atual interventor, o administrador Ladislau Zavadil, ressalta que a situação do hospital ainda é muito difícil, com uma dívida de R$ 500 milhões. Segundo o gestor, os empresários devem demonstrar maior interesse em investir na instituição, que depende cada vez mais de doações, como a realizada pela Sra. Elizabeth.

A atuação de Ladislau Zavadil vem cumprindo o propósito da intervenção judicial: a de proporcionar ao Hospital Evangélico uma gestão responsável e equilibrada. A desembargadora Marlene Teresinha Fuverki Suguimatsu enfatizou que 80% dos débitos trabalhistas estão solucionados. Mais de 70 milhões já foram pagos aos ex-empregados e aos principais credores da Sociedade Evangélica; e as obrigações trabalhistas atuais estão em dia.

A magistrada frisou que o hospital funcionará sob o sistema de intervenção judicial "até quando a Justiça do Trabalho tiver certeza de que alguém tenha condições e responsabilidades para assumir a entidade", concluiu.



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