Painel de debates e exposição de fotos marcam o Dia Internacional da Mulher
No TRT do Paraná, o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, foi dedicado a debates em torno da diversidade de gênero no mercado de trabalho. O tema também inspirou a exposição de fotografias "Lutas e Direitos da Mulher e a Justiça do Trabalho", que foi aberta para visitação na mesma data e vai até o dia 4 de maio, na sede do Tribunal, em Curitiba.
O evento foi uma iniciativa da Escola Judicial (EJ) e da Divisão de Gestão Documental, Arquivo e Memória (CPAD) do Regional Paranaense.
A presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, desembargadora Marlene T. Fuverki Suguimatsu, iniciou as reflexões destacando a relevância das discussões acerca da questão de gênero na busca por igualdade entre homens e mulheres.
"Igualdade é a questão. E tem sido a questão nesta já longa trilha de lutas e direitos da mulher, como tão bem identifica o título da exposição. Não se deseja além ou aquém do que é justo, e somente há justiça quando há igualdade", declarou a desembargadora.
Na ocasião, a presidente do Tribunal também ressaltou o compromisso da Justiça do Trabalho de "promover o pluralismo justo, reconhecer a igualdade valorativa e meritória do trabalho humano, sem distinção entre gêneros, sem admitir discriminações".
O presidente da CPAD e Diretor da Escola Judicial, desembargador Cássio Colombo Filho, falou aos convidados sobre a instituição do Dia Internacional da Mulher e os primeiros direitos conquistados pela população feminina.
Luciana Sbrissia e Silva Bega, presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Paraná, observou que, atualmente, muitas das dificuldades enfrentadas pelas mulheres trabalhadoras estão relacionadas à maternidade e que muitas delas são obrigadas a desistir de suas carreiras por este motivo.
A embaixadora da ONU para igualdade de gênero, Margarett Groff, confirmou o relato de Luciana Bega, mas enfatizou a necessidade de se buscar um equilíbrio entre realização pessoal e profissional.
"Temos muito mais mulheres com mestrado e doutorado entrando no mercado de trabalho, mas apenas 7% dos diretores financeiros e 3% dos presidentes de Conselho são mulheres no Brasil. São essas questões que nos motivam a trabalhar pelo empoderamento das mulheres, este é o caminho para alcançarmos a equidade de gênero", afirmou.
Margarett Groff foi uma das participantes do painel de debates, que também contou com a presença da juíza do trabalho Vanessa Karam e da jornalista Thays Beleze.
A magistrada Vanessa Karam lembrou as inúmeras reclamações que chegam à Justiça do Trabalho todos os dias envolvendo alegações de discriminação por motivo de gênero e reafirmou a necessidade de constantes reflexões sobre o tema.
"É verdade que inúmeros direitos foram assegurados, mas, ainda que estas conquistas representem garantias às mulheres trabalhadoras, elas desfrutam de igualdade apenas no seu aspecto formal", disse a juíza, frisando que esta é uma questão que ainda está longe de ser superada.
Finalizando as atividades programadas para o dia, Thays Beleze falou da falta de humanização, especialmente nos ambientes de trabalho. Para a jornalista, os problemas que enfrentamos não devem se resumir a comparativos entre a situação do homem e a situação da mulher.
"A injustiça não é um privilégio da mulher. (...) Se a pessoa que está no comando não se preocupar com o fator humano, vamos continuar discutindo diferenças ao invés de união. É preciso entender e respeitar o outro", concluiu.
Visite a exposição de fotografias "Lutas e Direitos da Mulher e a Justiça do Trabalho" no Centro de Memória do TRT-PR, Alameda Carlos de Carvalho, n. 528, Curitiba. A exposição segue aberta ao público, de segunda à sexta-feira, das 10h às 17h.
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