TRT do Paraná sediou o 13º Coleouv nos dias 26 e 27 de junho
TRT-PR sediou em Curitiba o 13º Encontro do Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho
do encontro
O TRT do Paraná sediou nos dias 26 e 27 de junho, em Curitiba, o 13º Encontro do Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho. O evento reuniu ouvidores de todo o país para reflexões sobre a natureza e o aprimoramento do principal canal de comunicação entre cidadãos e órgãos judiciários.
Para a desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista, que foi a primeira ouvidora da 9ª Região, "a entrega da jurisdição, na esfera trabalhista, não pode prescindir do atendimento digno e eficaz à população, em todas as suas dúvidas, reclamos, demandas por um serviço transparente e eficiente".
A magistrada abriu o evento em nome da Presidência do Tribunal e ressaltou em seu pronunciamento a importância destes encontros para o exercício do diálogo institucional, que permite o compartilhamento de melhores práticas e a disseminação de experiências eficazes.
A desembargadora Nair Maria Lunardelli Ramos, atual ouvidora geral da 9ª Região, também enfatizou a relevância de momentos de reflexão e troca de conhecimentos para o aperfeiçoamento dos serviços prestados pelo Poder Público. "As Ouvidorias da Justiça do Trabalho têm sido exemplares instrumentos públicos da democracia participativa e a ideia de multiplicar boas práticas, com o propósito de efetivar a política de melhoria dos serviços públicos prestados, constará de espaço específico da programação", declarou no início do evento.
Durante manhã do primeiro dia de encontro, duas palestras foram proferidas no plenário Pedro Ribeiro Tavares, na sede do TRT do Paraná. O primeiro a fazer sua exposição foi o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Luiz Cláudio Allemand, que falou sobre "Inteligência Artificial".
De acordo com o palestrante, a Tecnologia da Informação está mudando o exercício do Direito. "Já existem soluções tecnológicas desenvolvidas especialmente para atender escritórios de advocacia e algumas empresas estão utilizando recursos de Inteligência Artificial para solucionar conflitos por meio da conciliação, por exemplo. (...) Em algum momento isso vai chegar ao Judiciário, precisamos estar preparados", disse.
Em seguida, os participantes puderam ouvir a palestra de Maurício Vargas, CEO do Reclame AQUI, um site que permite aos consumidores registrar, gratuitamente, reclamações sobre atendimento, compra, venda, produtos e serviços. "O cidadão está cada vez mais presente por meio das Ouvidorias e dar uma resposta a ele está se tornando ainda mais importante para o serviço público", declarou o CEO sobre a importância das Ouvidorias no Setor Público.
Participaram da mesa de abertura, além das desembargadoras Rosalie Michaele Bacila Batista e Nair Maria Lunardelli Ramos, o desembargador Arion Mazurkevic, diretor da Escola Judicial deste Tribunal, a desembargadora Eliney Bezerra Veloso, presidente do Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho, e o juiz Paulo da Cunha Boal, presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 9ª Região.
No período da tarde, o 13º Encontro do Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho (Coleouv) promoveu reflexões dentro dos campos da Filosofia, com professor Celso Luiz Ludwig, e da Antropologia Social, com o psicanalista Célio Luiz Pinheiro. Na abertura, a presidente do Coleouv, desembargadora do TRT-MT Eliney Bezerra Veloso, destacou que a compreensão atualizada do mundo é algo necessário para qualquer magistrado que esteja ocupando a função de ouvidor.
O professor da Universidade Federal do Paraná, Celso Luiz Ludwig, apresentou ao Colégio de Ouvidores um panorama dos conceitos de Ética mais relevantes ao longo da história da filosofia. Citando Aristóteles, em sua obra Ética a Nicômaco, o professou declarou que, para os gregos, a busca do ideal do bem comum era a definição de Ética. "Um conceito mais recente é o da Ética da Libertação, que pensa o agir corretamente como a produção, reprodução e desenvolvimento da vida humana em comunidade", declarou.
Na segunda palestra da tarde, o psicanalista e antropólogo Célio Luiz Pinheiro dissertou sobre a palavra e a comunicação como fatores essenciais na transformação humana, tanto no plano individual, quanto social. Trazendo o conceito de "não-lugares", do antropólogo francês Marc Augé, onde o ser humano pode viver uma vida praticamente desconectado da própria existência, o psicanalista falou sobre "a arte de ouvir". Célio Luiz Pinheiro ressaltou a primazia do uso do nome em um diálogo. "Cada nome tem uma história e um lugar de origem e hoje, por isso saber ouvir corretamente é conferir dignidades", concluiu.
Após as palestras, a ouvidora do TRT-PR, desembargadora Nair Maria Lunardelli Ramos, complementou os temas abordados, afirmando que, dentro de sua experiência como magistrada e ouvidora, "por vezes o que os cidadãos buscam é apenas o uso da palavra perante uma autoridade".
Acesse a galeria de fotos do evento no Flickr do TRT-PR.
Notícia atualizada em 28/06/2017
Assessoria de Comunicação do TRT-PR
(41) 3310-7309
ascom@trt9.jus.br