Tribunal Regional do Trabalho - 9ªRegião

11ª Semana de Museus no Centro de Memória

Evento no Centro de Memória durante a 11ª Semana de Museus

Foi realizado, no Centro de Memória da Justiça do Trabalho do Paraná, hoje (quinta-feira, 16), evento da 11ª Semana de Museus - Museus (Memória + criatividade) = mudança social.

A audição de piano do servidor Luiz Eduardo de Menezes abriu as atividades da tarde, com as peças: Um acontecimento importante (de Robert Schumann), Romance sem Palavras nº 7 (de Félix Mendelssohn) e Sonata em mi menor, 1º movimento (de Haydn).

A seguir, o vice-presidente do TRT do Paraná, no exercício da Presidência, desembargador Altino Pedrozo dos Santos discursou. O magistrado deu início ao pronunciamento citando o poeta Cazuza. "Deixou-nos como um de seus muitos legados um verso extraordinário, em sua música “O tempo não para”. Ele nos diz, textualmente: “Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades”. E, também, de forma poética, ao final, parafraseou Manuel Bandeira, "conclamo cada um dos participantes a uma viagem, dizendo que não: não vou-me embora para Pasárgada, até porque as ruínas da cidade persa estão distantes e não somos amigos do rei."
Na oportunidade, o desembargador aposentado Pretextato Pennafort Taborda Ribas Neto (presidente do TRT-PR / gestão 1997-1999) falou sobre os 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho. De acordo com o magistrado, "a história do Brasil vale a pena ser pesquisada, vale a pena ser olhada de todos os ângulos". Lembrou que a CLT nestas sete décadas de existência passou pelo processo de atualização apoiada pelos trabalhadores e combatida pela classe empregadora. Fez uma narrativa histórica sobre o governo de Getúlio Vargas e sobre os trabalhos em tempo integral da comissão, integrada pelo ministro Arnaldo Süssekind, responsável pela elaboração da CLT.

Encerrando o evento, o professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná Luís Fernando Lopes Pereira (doutor em História Social - USP/SP) falou sobre “Museu e Memória – Trajetória e Desafios”. Citou Jacques Le Goff na abertura de sua explanação. " A memória, como propriedade de conservar certas informações, reenvia-nos em primeiro lugar para um conjunto de funções psíquicas, graças às quais o homem pode atualizar impressões ou informações passadas, que ele representa como passadas".  Segundo o palestrante "a transmissão da memória dá-se através da narrativa.

O professor falou sobre os diversos tipos de museus existentes no mundo e o processo de criação desses.  Citou, ainda, que no Brasil, um dos marcos voltados à preocupação com a questão cultural foi a Semana de Arte Moderna. O palestrante lembrou, na oportunidade, que o Museu Parananense é um dos mais antigos do Brasil. Incialmente na Praça Carlos Gomes - hoje no São Francisco.

Ao final, o professor lembrou que as mudanças tecnológicas são importantes para os arquivos. Indagou, na ocasião, como fazer a guarda de material digital, ressaltando que é de suma importância a preservação da memória.

VISITAÇÃO PÚBLICA
Alunos do curso de História da Pontifícia Universidade Católica do Paraná participaram do evento da 11ª Semana de Museus e de visitação pública no Centro de Memória. Na ocasião, a chefe da Seção de Memória, Maria Eunice Rodrigues da Silva, explicou os trabalhos realizados pela unidade visando à preservação de processos históricos e à memória do Judiciário Trabalhista do Paraná. Os acadêmicos puderam visitar, na oportunidade, a exposição “Os trabalhadores rurais e a Justiça do Trabalho”, aberta em março deste ano.


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