No 1º dia de correição, ministro fala sobre o protagonismo da JT em meio à pandemia
Em uma videoconferência realizada na manhã desta segunda-feira (30), o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, o ministro Aloysio Corrêa da Veiga, deu início à correição ordinária do TRT da 9ª Região.
Na ocasião, o ministro apresentou os profissionais que devem atuar na correição ao longo desta semana e falou um pouco sobre a importância desse trabalho bienal na relação do Tribunal Superior do Trabalho com os TRTs do país inteiro.
“Estamos vivendo um momento angustiante com a pandemia”, disse o ministro, destacando as mais de 500 mil mortes causadas pela Covid-19 no Brasil. “Achávamos que duraria dois ou três meses, no máximo, mas o tempo foi demonstrando que não seria bem assim.”
Ele observou que, em meio a inúmeras dificuldades, a Justiça do Trabalho teve “o protagonismo, a boa-vontade e, acima de tudo, a responsabilidade” de encontrar alternativas para continuar prestando serviços à sociedade “na medida do possível e com segurança”.
O ministro destacou que, desde março de 2020, houve mudanças de paradigma para dar a resposta necessária à situação criada pelo coronavírus. “A Justiça do Trabalho não poderia ficar paralisada no tempo”, disse.
Em seguida, o presidente do TRT-PR, desembargador Sergio Murilo Rodrigues Lemos, apresentou os magistrados e servidores que fazem parte de sua equipe. Nos últimos dois anos, foi essa equipe que teve de encarar, nas palavras do presidente, “um ambiente nunca antes enfrentado por quem quer que seja”.
“A gente tende a esquecer as dificuldades”, disse o presidente, para destacar que a rotina na pandemia foi de problemas novos a cada dia. A partir do dia 1º de janeiro deste ano, as soluções deixaram de ser provisórias, esperando um fim próximo para a crise sanitária que afeta o mundo todo. “Nós nos empenhamos em tomar todas as decisões administrativas necessárias para enfrentar a situação”, disse o presidente. “E conseguimos vencer o desconhecido.”
Desembargadores
Ainda na segunda-feira (30), no período da tarde, o corregedor-geral da Justiça do Trabalho se reuniu com os desembargadores do TRT-PR, também por videoconferência.
No evento, o ministro Aloysio Corrêa da Veiga observou que os tribunais trabalhistas têm sido protagonistas em todo o Brasil porque, diferentes dos demais órgãos judiciários, seus processos tramitam quase que totalmente de forma digital pelo sistema PJe. “Isso possibilitou que nós criássemos mecanismos infralegais capazes de dar continuidade às nossas atividades”, disse.
O ministro falou ainda sobre especulações quanto à continuidade do trabalho remoto para todos após o fim da pandemia. “O juiz é um agente político do estado, responsável pela pacificação social. A sua presença na jurisdição é de extrema importância; não pode ser substituída por uma tela de computador, permanentemente. Precisamos pensar muito sobre isso”, disse.
Serenidade
Na reunião com os desembargadores, o presidente do TRT-PR, Sergio Murilo Rodrigues Lemos, falou sobre como a administração se adaptou ao trabalho à distância e disse que receberá com serenidade as avaliações da correição. “As reponsabilidades do administrador público não permitem que interrompamos as nossas atividades, nem mesmo neste momento. Estamos preparados e dispostos a ouvir da Corregedoria-Geral aquilo que não conseguimos perceber em meio ao volume de trabalho: uma outra visão que pode nos auxiliar a desenvolver ainda melhor os nossos deveres”, disse.
Semana
A correição ordinária segue até a próxima sexta-feira (3), quando haverá a divulgação do resultado dos trabalhos, com a leitura da ata de correição. No documento, o ministro avaliará o desempenho do TRT-PR em temas como conciliação, execução e prazos judiciais.
TRT da 9ª Região (PR)
Assessoria de Comunicação
Texto: Gilberto Bonk Jr. e Irinêo Netto
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