TRT-PR faz pesquisa interna para avaliar os impactos do trabalho à distância
Uma consulta interna do TRT-PR procurou entender como o quadro de magistradas, magistrados, servidoras e servidores está trabalhando durante a pandemia. A consulta, com o título de “O impacto da digitalização no trabalho judicial”, ocorreu em três etapas ao longo do mês de abril.
De um quadro com 2.439 pessoas que trabalham para o Tribunal no Estado inteiro, a pesquisa chegou a receber 1.319 respostas – um número significativo.
Entre aqueles que participaram, 95,7% estão trabalhando total ou parcialmente à distância e 88,9% dizem que se adaptaram ao formato.
Os números também são positivos no que diz respeito à saúde mental (76,5% dizem que o trabalho remoto ajuda) e no conciliar a vida pessoal com o trabalho (83,4% não têm dificuldade para administrar essa equação).
“Isso indica um alto volume de pessoas bem adaptadas, mas um percentual importante de pessoas que precisam de apoio. Também há um claro indicativo de que o trabalho à distância, por si só, não é fator de estresse para a maioria dos respondentes”, diz o juiz Bráulio Gabriel Gusmão, um dos idealizadores da pesquisa, ao analisar os números.
Futuro
Além de oferecer um retrato do momento atual, a pesquisa pode também indicar caminhos possíveis para o futuro do TRT-PR.
Um exemplo é a questão que avalia o interesse em um modelo híbrido de trabalho – em que parte dele é presencial e parte, à distância: 87,7% concordam total ou parcialmente com esse formato.
Em seguida, um item da pesquisa propôs que a pessoa escolhesse um percentual de 0% a 100% do trabalho que gostaria de fazer a distância em um cenário pós-pandemia, com um resultado relevante: 44,6% aceitariam fazer 100% do trabalho remotamente.
A partir dos dados levantados pela pesquisa, a ideia é elaborar ações para auxiliar quem não está adaptada ou adaptado ao trabalho remoto, cuidando para que essa minoria seja atendida.
E, com a ajuda da maioria que diz lidar bem com as mudanças que surgiram desde o ano passado, o Tribunal pode encarar o trabalho à distância como uma questão-chave para o futuro.
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região
Assessoria de Comunicação
Texto: Irinêo Netto
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