Indústria madeireira e de móveis: nova audiência de conciliação será em 22 de agosto
Não houve acordo na primeira audiência do processo coletivo envolvendo os trabalhadores das indústrias paranaenses de madeira e de móveis. Entretanto, o desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, que presidiu a sessão, marcou a audiência de prosseguimento para o dia 22 de agosto, às 14 horas. Com isto, ele pretende dar tempo para que haja novos diálogos e negociações.
O processo de dissídio coletivo foi ajuizado pelos empregados, representados pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário no Estado do Paraná. O objetivo é a formalização de uma nova Convenção Coletiva de Trabalho, junto com o Sindicato das Indústrias da Madeira no Estado do Paraná, que representa o setor patronal.
As principais cláusulas de negociação entre as partes são quanto ao piso salarial de profissionais (R$ 6,15 por hora) e de aprendizes (R$ 5,98 por hora); reajuste salarial (2,8% para os salários até R$ 4 mil e de livre negociação acima deste valor); banco de horas com compensação em até seis meses; além de outras cláusulas como auxílio-creche e auxílio moradia.
Quando lhe foi concedida a palavra, o advogado Ivo Harry, que representa os trabalhadores declarou que: "no atual momento em que as regras são desfeitas no país, a ausência de um instrumento coletivo representa uma facilidade para os maus empregadores", em detrimento dos bons empregadores.
Em sua réplica, o também advogado Diogo Fadel Braz (representando os empregadores) afirmou que "não será uma convenção coletiva que fará com que os maus empregadores respeitem a lei, porque estes não farão nem o mínimo da CLT".
Antes de encerrar a audiência, o desembargador Ricardo Tadeu lembrou que a maior liberdade sindical para negociar é uma questão debatida desde os anos 1990, e que hoje está presente na CLT, que indica a prevalência do negociado sobre o legislado. Esta liberdade de negociar, no entender do desembargador Ricardo, tem a função de "garantir que o mínimo definido em lei se adapte a realidade de cada região e de cada empresa".
Veja abaixo como foi a audiência:
Fonte: Assessoria de Comunicação
Foto: Gilberto Bonk
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