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Tribunal Regional do Trabalho 9ª Região

Página gerada em: 23/04/2024 02:29:32

TRT-PR determina retorno de frota mínima dos ônibus nesta terça

Notícia publicada em 26/01/2015
Justiça determina retorno de frota mínima dos ônibus nesta terça-feira
 
Audiência se estendeu por mais de três horas
Uma ordem judicial determina que o transporte público de Curitiba e Região Metropolitana seja retomado parcialmente a partir da zero hora desta terça-feira (27/01). O Tribunal Regional do Trabalho do Paraná reafirmou que 70% dos ônibus devem voltar às ruas nos horários de pico, período compreendido entre 5h e 9h e entre 17h e 20h. Nos demais horários, a exigência é de que pelo menos 50% da frota circule. Foi mantida a multa de R$ 300 mil, por dia de descumprimento da ordem, que já estava prevista em uma liminar. A determinação foi proferida em audiência realizada na nesta segunda-feira (26/01) na sede do TRT-PR, em Curitiba.
 O desembargador Luiz Eduardo Gunther, que presidiu a sessão, marcou nova audiência para esta terça-feira, no mesmo local, a partir das 14h30, para prosseguir as deliberações sobre as demandas que ocasionaram a greve. Na ocasião, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (SETRANSP), a Urbanização de Curitiba S.A. (URBS) e a Coordenação da Região Metropolitana (COMEC) devem apresentar um plano para quitar o vale salarial atrasado. O atraso é a principal causa da greve organizada pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (SINDIMOC) e que afetou a capital do Estado nesta segunda-feira (26/01) com a paralisação de 100% dos ônibus.


Durante a sessão, o magistrado destacou que o foco da discussão deve se concentrar na volta dos ônibus às ruas o quanto antes e na definição do pagamento do adiantamento dos salários. Demais questões deverão ser deliberadas na sequência.

O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, afirmou que o pagamento do adiantamento do salarial ocorre há três décadas e é garantido por convenção coletiva. Anderson disse que os atrasos nos depósitos teriam causado a revolta dos trabalhadores.


O presidente do Setransp, Maurício Gulin, alegou que os atrasos nos pagamentos se devem à dívida que a Urbs e a Comec têm com as empresas, em valores que ultrapassam R$18 milhões. De acordo com Gulin, o custo anual do sistema é de R$850 milhões e tanto trabalhadores como empresários defendem receber o que lhes é devido.

O presidente da Urbs, Roberto Gregório, informou que desde 1º de janeiro a Prefeitura de Curitiba é responsável apenas pelo pagamento da frota da Capital, já que acabou o convênio com o Governo do Estado. Declarou que o pagamento das empresas da Região Metropolitana é de competência da Comec.

O diretor de transportes da Comec, André Fialho, admitiu uma dívida de 15,8 milhões com o sistema. A forma de pagamento estaria sendo analisada em reuniões com as Secretarias da Casa Civil e da Fazenda. Raul Siqueira, advogado da Comec, explicou que existe a intenção de parcelar a dívida em sete vezes, mas isso ainda não foi formalizado.
 
Sessão foi acompanhada pela imprensa e representantes das duas categorias

Notícia publicada em 26/01/2015
Fotos: Alexandre Gonçalves
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